
Adalberto Costa Júnior, líder da UNITA, criticou duramente as autoridades angolanas após várias personalidades serem barradas no aeroporto, apesar de terem recebido aval e vistos de entrada. O incidente ocorreu no mesmo dia em que o presidente João Lourenço fez um discurso como líder da União Africana, pedindo uma África que trabalhe contra líderes não democratas, o que ACJ considerou irônico.
Durante uma conferência sobre democracia, Costa Júnior afirmou que o governo está projetando uma “publicidade gratuita” sobre a realidade em Angola, ao reter ex-presidentes e negar direitos protocolares a ex-primeiros-ministros e senadores. Ele destacou que esse comportamento prejudica a imagem de Lourenço, tanto no país como no cenário internacional.
“O presidente da União Africana violou protocolos da União Africana”, enfatizou ACJ, questionando o motivo de tanto medo por parte das autoridades. Ele também alertou que os “gorilas da segurança” estão comprometendo a imagem do país e que já havia contatado serviços da Presidência para discutir a situação.
Este incidente levanta preocupações sobre a gestão da imagem do governo angolano e suas práticas em relação a figuras políticas internacionais, especialmente em um contexto em que o país busca se afirmar no cenário africano.