
A Igreja Católica entra num dos seus momentos mais solenes e decisivos: dentro de um mês, o Colégio dos Cardeais reunir-se-á em conclave para eleger o 267.º Papa da história, sucedendo a Francisco, cujo funeral deverá realizar-se entre os dias 25 e 27 de Abril, em Roma.
A cerimónia fúnebre seguirá o tradicional rito católico denominado Novendiale, que consiste em nove dias de oração e luto, culminando com as exéquias papais. Durante este período, o Vaticano prepara-se não só para prestar homenagem ao líder falecido, mas também para dar início a um processo de transição que moldará o futuro da Igreja.
O conclave acontecerá na Capela Sistina, espaço icónico e carregado de simbolismo, onde os cardeais eleitores — todos com menos de 80 anos — serão chamados a votar em segredo para escolher o novo Sumo Pontífice. Segundo as normas vigentes desde 22 de Janeiro de 2025, apenas 138 dos 252 cardeais têm direito a voto.
Este será um momento determinante para a Igreja, que enfrenta o desafio de eleger um líder capaz de responder às complexas questões contemporâneas, como a modernização da doutrina, a transparência institucional e o papel da Igreja no mundo cada vez mais polarizado.
O conclave é marcado por um ambiente de recolhimento, oração e discrição. Nenhum detalhe das votações é partilhado com o público até ao momento do famoso anúncio “Habemus Papam”, quando o nome do novo Papa é proclamado da varanda da Basílica de São Pedro.
Com a sucessão iminente, cresce a expectativa sobre o perfil do próximo Papa: será um reformista ou conservador? Virá da Europa, da América Latina, da África ou da Ásia? A única certeza, para já, é que o mundo católico aguarda, em oração e silêncio, a escolha de quem guiará a fé de mais de mil milhões de fiéis.