Na obra “A Sangue Quente – O Preço de Uma Traição”, o motorista Gilberto Nogueira, de 40 anos, diz sentir-se culpado pelo crime da esposa, Daiane Farias, de 34, que descobriu que o marido a traía com uma sobrinha de 15 e, para se vingar, cortou-lhe o pénis com uma navalha, atirou-o pela sanita e puxou o autoclismo.
O homem relata que, depois de trair a mulher, “o casamento foi tomado por energias negativas, causando uma total desarmonia na relação”. Com os ciúmes, Daiane “passou a ver vultos dentro de casa e ouvia vozes também”, segundo o motorista.
Dias depois da amputação do pénis, Gilberto desculpou a mulher e admitiu colocar uma prótese: “Quem tem de perdoar é Deus, mas, da minha parte, está perdoada”. Uma parte das receitas da venda do livro servirá para investir no tratamento para o implante e o restante para pagar à advogada que o defendeu em tribunal.
A direção do estabelecimento prisional em que Daiane se encontra recusou incluir Gilberto na lista de visitas da esposa, por se tratar da vítima do crime que a levou a ser condenada a pena de prisão. Por intermédio da advogada, a mulher também afirmou que gostaria de estar com o marido. A comunicação entre ambos está limitada à troca de cartas.