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O Hamas denunciou as condições dos prisioneiros palestinianos sob custódia israelita, acusando as autoridades de adotarem uma “política de assassínio lento”. Em um comunicado recente, o grupo destacou que as hospitalizações refletem a “agressão sistemática e os maus-tratos” infligidos aos detidos, desconsiderando sua idade e condições de saúde.
Recentemente, o Crescente Vermelho palestiniano informou que sete prisioneiros libertados por Israel foram hospitalizados após a libertação. Eles foram levados ao Hospital Istishari em Ramallah, na Cisjordânia, em um transporte da Cruz Vermelha que trouxe 40 palestinianos da prisão de Ofer.
Israel confirmou a libertação de 183 prisioneiros como parte de uma troca com reféns, dentro do acordo de cessar-fogo em vigor desde 19 de janeiro. O Comité de Prisioneiros e Prisioneiras da Cisjordânia revelou que 111 dos detidos foram capturados na Faixa de Gaza após os ataques do Hamas em 7 de outubro, que deram início à atual guerra.
Entre os prisioneiros libertados, Yamal al-Tawil, um ex-presidente da câmara da aldeia de Al-Bireh e chefe militar do Hamas, afirmou ter sido espancado na prisão. Ele é conhecido por sua ligação a um atentado em 2001 que resultou na morte de 12 pessoas.
Outro libertado, Shadi Barguti, que cumpria uma pena de 27 anos por envolvimento em atentados em Israel, relatou um tratamento desumano por parte das autoridades israelitas, descrevendo a situação como um “comportamento nazi” em relação aos prisioneiros palestinianos. Barguti afirmou ter perdido peso devido à falta de alimentos durante a detenção.
A situação dos prisioneiros palestinianos continua a ser uma fonte de tensão nas relações entre Israel e a Palestina, com relatos de maus-tratos e condições desumanas sendo frequentemente levantados por organizações de direitos humanos e representantes palestinianos.