
Na Polónia, a crescente tensão geopolítica, marcada pela proximidade da guerra na Ucrânia e os receios de uma possível ameaça russa, levou o governo a tomar uma decisão polêmica: a introdução de treino obrigatório de armas de fogo nas escolas. Esta nova medida implica que alunos a partir dos 14 anos participem em sessões que ensinam não apenas as competências básicas de tiro, mas também o manuseamento seguro de armas e técnicas de salvamento tático.
As aulas, realizadas nos ginásios das escolas, buscam garantir a segurança dos alunos através do uso de armas laser, evitando assim a utilização de munições reais. Este treino faz parte da disciplina “Educação para a Segurança”, que se tornou obrigatória para os estudantes do 8.º ano do ensino básico e do 1.º ano do ensino secundário, com uma carga horária que ronda uma hora por semana.
Além do treino prático, o currículo abrange temas como segurança do Estado, primeiros socorros e resposta a emergências, incluindo catástrofes e acidentes em massa. No ensino básico, os alunos são expostos apenas a conteúdos teóricos sobre o uso de armas, enquanto no secundário têm a oportunidade de participar em formações práticas, utilizando armas pneumáticas, réplicas ou até mesmo campos de tiro virtuais.
De acordo com o Ministério da Educação, o objetivo desta iniciativa é preparar os jovens para lidar com situações de ameaça extraordinária, promovendo a segurança e a saúde. No entanto, a medida tem gerado debates acalorados na sociedade polaca, levantando questões sobre a adequação do ensino de armamento em um ambiente escolar e suas implicações para a formação ética e moral dos jovens.