
No conclave da JMPLA, João Lourenço, presidente do MPLA, anunciou com entusiasmo a possível vinda da seleção argentina de futebol a Angola, liderada por Lionel Messi, no âmbito das comemorações dos 50 anos de independência. A proposta gerou aplausos calorosos, mas também levantou críticas sobre prioridades e custos.
Embora o presidente não tenha detalhado os valores envolvidos, fontes indicam que a iniciativa poderá custar cerca de 6 milhões de dólares, mais 3 milhões caso Messi participe. A proposta gerou questionamentos sobre a relevância de tais despesas em um país onde 32% da população vive em insegurança alimentar grave, segundo a FAO.
Analistas apontam que a ideia reflete uma tentativa de usar o desporto para melhorar a imagem do governo em meio a críticas à má gestão. Comparações foram feitas com o ex-presidente do Gabão, Ali Bongo, que gastou milhões em uma operação similar envolvendo Messi, apenas para ver sua popularidade continuar a declinar.
Para muitos, a iniciativa reflete vaidade política e desconsideração pelas reais necessidades da população, evidenciando o fosso entre governantes e governados em Angola.