Américo José Valente, secretário para os Assuntos Nacionais dos Veteranos da Pátria e Forças Armadas da Casa Militar do Presidente da República de Angola, escapou de uma possível detenção no sábado, 28 de dezembro, nas Ilhas Maurícias. O general, que possui um histórico de acusações criminais, viajava em um jato privado acompanhado de Pedro Adão Francisco, Manuel José Ngola João e Indira Margarida Canga, todos identificados como funcionários públicos.
As autoridades locais levantaram suspeitas ao constatar que os passageiros portavam passaportes comuns, apesar de suas funções oficiais. Após investigações, foi confirmado que o grupo fazia parte do aparato de segurança ligado à Casa Militar do Presidente João Lourenço.
Américo José Valente possui antecedentes criminais documentados em uma declaração oficial do Procurador-Geral Adjunto da República, João de Freitas Coelho, emitida em 13 de junho de 2019. Embora o processo criminal contra o general tenha sido arquivado devido à Lei da Amnistia, a parte cível do caso permanece pendente.
As Ilhas Maurícias, localizadas no Oceano Índico, fazem parte do arquipélago das Mascarenhas e constituem a República da Maurícia desde 1968. O país é conhecido por sua estabilidade política e rígido controle de segurança.
Em fevereiro de 2022, Américo José Valente foi empossado no cargo atual pelo Ministro de Estado e Chefe da Casa Militar, Francisco Furtado, juntamente com outros dois generais: Filipe Figueiredo, responsável pelas Telecomunicações e Informática, e Rogério Ferreira, chefe do Centro de Gestão Electrónica da Casa Militar.
Até o momento, as autoridades angolanas não emitiram declarações oficiais sobre o incidente ou as acusações que envolvem os membros da delegação.