
Trabalhadores da fábrica de cerveja Bela, operada pela Lowenda Brewery Company e pertencente ao grupo China International Fund (CIF), manifestaram descontentamento com a actual diretora-geral, Letícia Walelo Makunga, acusando-a de má gestão, nepotismo, abuso de poder e uso indevido de recursos da empresa para benefício próprio.
Na nota enviada à redacção do Imparcial Press, os funcionários alegam que a ex-miss Angola na Namíbia desrespeita a Lei Geral do Trabalho, promovendo despedimentos arbitrários e sem justa causa.
Relatam que trabalhadores com mais de oito anos de serviço foram substituídos por amigos e familiares da directora, contratados com salários significativamente superiores.
Outrossim, Letícia Makunga é acusada de envolvimento em um esquema de sobrefaturação relacionado à comercialização ilegal de água em camiões-cisterna, com os lucros sendo supostamente divididos entre pessoas de sua confiança.
Os trabalhadores também denunciam condições laborais precárias, incluindo a falta de acomodações adequadas para os turnos noturnos, obrigando-os a dormir no chão sobre papelões e a consumir alimentos vencidos.
A direcção da empresa refutou todas as acusações, afirmando que tem se empenhado em resolver os problemas dos trabalhadores, embora reconheça que não é possível agradar a todos.
Uma fonte da administração sugeriu que as denúncias visam desestabilizar o funcionamento da empresa sob a nova gestão de Makunga.
A fábrica de cerveja Bela, inaugurada em 2014 na Zona Económica Especial de Viana, Luanda, representa um investimento chinês significativo, com capacidade para produzir um milhão de hectolitros de cerveja por ano e empregando centenas de trabalhadores angolanos e estrangeiros.