
Francisco Canga, um dos rostos emergentes do PRA-JA Servir Angola, declarou esta segunda-feira, 21, que o partido deve assumir papel de destaque nas próximas eleições gerais. O político, que formalizou a sua candidatura à presidência do partido, defende que o líder do PRA-JA deve ser o cabeça de lista da Frente Patriótica Unida (FPU) em 2027.
A afirmação foi feita à margem da entrega da sua candidatura ao I Congresso Constitutivo Ordinário do partido, previsto para decorrer de 19 a 22 de Maio. Canga promete “levar o partido à conquista do poder político”, caso seja eleito para liderar a força política fundada por Abel Chivukuvuku.
Motivado por apelos de militantes e dirigentes, Francisco Canga afirmou que está preparado para mobilizar o país e trabalhar por melhores resultados nas próximas eleições. “Vamos galvanizar a sociedade angolana. O momento exige uma liderança focada, estratégica e próxima do povo”, declarou.
Apesar de reconhecer a importância da unidade na oposição, o candidato reforça que o PRA-JA deve ter protagonismo dentro da FPU. Para ele, a liderança da coligação deve recair sobre o presidente do partido “azul e branco”, e os seus secretários provinciais devem figurar como número dois nas listas em cada círculo eleitoral.
Canga, que já foi Secretário Provincial no Zaire e atualmente exerce funções na área de acção social, mostra-se confiante na aceitação da sua candidatura, afirmando que todos os requisitos legais e estatutários foram cumpridos.
Com esta iniciativa, abre-se oficialmente a corrida interna no PRA-JA, num congresso que promete ser decisivo para o futuro do partido. Francisco Canga entra assim na disputa com Abel Chivukuvuku, fundador da organização, que muitos consideram figura incontornável da política de oposição em Angola.
O resultado do congresso poderá não só definir o rumo do PRA-JA, mas também influenciar a configuração da oposição na corrida eleitoral de 2027, num cenário político cada vez mais dinâmico e imprevisível.