A fome está a agravar-se no sul e no leste de Angola, afetando províncias como Cunene, Cuando Cubango, Moxico, Huíla, Benguela e Namibe, devido à seca prolongada e ao aumento dos preços dos alimentos. De acordo com a Rede de Sistemas de Alerta Precoce contra a Fome (FEWS NET), muitas famílias esgotaram cedo as suas reservas alimentares, tornando-se dependentes do mercado, onde os preços são elevados.
O índice de insegurança alimentar (IPC) já atinge o nível 3, que corresponde a uma crise, com várias famílias apresentando níveis elevados de subnutrição. As famílias mais pobres enfrentam desafios crescentes, incluindo a necessidade de vender bens essenciais para conseguir uma alimentação limitada.
Além disso, a depreciação do kwanza e a dependência de importações de alimentos e fertilizantes estão a agravar a situação. Apesar da desaceleração da inflação e do aumento do salário mínimo, que entrou em vigor em setembro, espera-se que a situação de fome e insegurança alimentar persista até janeiro de 2025.
Fonte: Lusa