Fontes próximas ao ex-vice-presidente confirmam que ele já enviou uma solicitação de audiência ao atual presidente do MPLA, João Lourenço, para comunicar pessoalmente suas intenções. Nandó tem se mostrado cauteloso, evitando exposição na mídia e focando em uma estratégia de construção de alianças políticas, o que, segundo analistas, pode ser uma vantagem significativa em um contexto político conturbado.
Com uma longa carreira no serviço público e uma rede de apoio sólida dentro do MPLA, Nandó se posiciona como um candidato de peso. “Ele possui uma imagem de autoridade e uma trajetória que legitima suas ambições. Com o cenário atual, pode ser o líder que o MPLA necessita”, afirma uma fonte do Bureau Político do partido.
Entre os apoiadores de Nandó estão figuras proeminentes do MPLA, como Dino Matrosse, Ismael Martins e Desidério Costa, além de Santana Pitra “Petroff”, ex-ministro do Interior. A união dessas forças poderia resultar em uma frente coesa para evitar a dispersão de votos e fortalecer a candidatura de Nandó.
Caso a audiência com Lourenço não se concretize, Nandó já considera um anúncio público de sua candidatura antes do congresso extraordinário agendado para dezembro.
A situação familiar de Nandó também se torna relevante, visto que ele é primo da primeira-dama Ana Dias Lourenço, o que pode complicar sua relação familiar e política. A ascensão de Nandó à liderança do MPLA pode gerar desconforto, especialmente considerando o apoio que ele recebe de aliados como Dino Matrosse. Esta dinâmica poderá acentuar tensões entre os membros da tradicional família Dias dos Santos, que já vive sinais de divisão em meio a disputas internas.
Os próximos passos de Nandó e suas interações com a liderança do MPLA serão cruciais para moldar o futuro político do partido e do país.