A inflação em Angola atingiu 31%, enquanto o país continua sem a prometida Reserva Estratégica Alimentar (REA), comprometendo o controle de preços dos produtos essenciais. A extinção do contrato entre a Carrinho e a Gescesta, há um ano, deixou um vazio na gestão do sistema que deveria regular os custos da cesta básica.
Apesar do anúncio de que a responsabilidade seria transferida para o Entreposto Aduaneiro de Angola (EAA), até o momento não há sinais concretos de atividades relacionadas à importação ou armazenamento de bens. Trabalhadores do EAA confirmam que continuam recebendo salários, mas sem realizar funções operacionais.
Enquanto isso, cidadãos como António Capitango, mototaxista de Benguela, desabafam: “Temos um Governo que fala mais e faz pouco, a vida está cada vez mais difícil.” Economistas como Abílio Sanjaia alertam que, sem a REA, o consumidor final pagará preços ainda mais elevados, afetando diretamente a segurança alimentar no país.
O Ministério da Indústria e Comércio não se pronunciou até a publicação desta reportagem.