A Federação Angolana de Futebol (FAF) anunciou, nesta sexta-feira, a criação da Fundação Palanca Negra, durante um encontro em Caxito, na província do Bengo. O presidente da FAF, Alves Simões, revelou que a nova fundação tem como objetivo apoiar os ex-jogadores e treinadores da Seleção Nacional que enfrentam sérias dificuldades financeiras.
Em declarações à imprensa, Alves Simões expressou sua preocupação com a situação atual de muitos atletas que contribuíram significativamente para a história do futebol angolano. “Isso nos entristece muito quando ouvimos o clamor e as lamentações daqueles jogadores que no passado deram o seu contributo e alegria à Seleção Nacional e aos angolanos. Hoje, muitos deles encontram-se no esquecimento, pedindo esmolas”, lamentou.
A Fundação Palanca Negra será responsável por buscar soluções que possibilitem reintegrar os antigos jogadores no mercado de trabalho. Alves Simões enfatizou que muitos desses atletas foram estrelas que trouxeram alegrias ao público, e é fundamental garantir que tenham uma vida digna após suas carreiras.
Carlos Alonso, ex-jogador da Seleção Nacional, também comentou sobre as dificuldades enfrentadas por muitos ex-atletas. Ele destacou que a situação é um reflexo das dificuldades sociais enfrentadas no país, agravadas pela curta duração das carreiras no esporte e, frequentemente, pela má gestão financeira. “Vamos dar o nosso contributo, tentar arranjar uma solução para que todos possam ter dignidade, de forma a melhorar as condições dessas pessoas”, afirmou.
Além do apoio aos ex-agentes do futebol, a Fundação Palanca Negra terá um foco em ações sociais, com a intenção de abranger um público mais amplo e contribuir para o bem-estar da comunidade. O compromisso da FAF, segundo Alves Simões, é de solidariedade e sensibilidade, reafirmando a importância de cuidar dos que ajudaram a construir a história do futebol em Angola.