
O ex-presidente da Colômbia, Andrés Pastrana, foi libertado após ser retido no aeroporto de Luanda, Angola. A detenção, que gerou preocupações sobre a liberdade de expressão e os direitos dos políticos africanos, foi suspensa sem maiores explicações. Gustavo Gómez, diretor do programa ‘6AM Hoy por Hoy’ da Caracol Radio, relatou o ocorrido através das redes sociais, confirmando que Pastrana atribuiu sua retenção à inépcia do governo angolano, que estaria tentando pressionar participantes de um fórum democrático.
Antes de sua libertação, Pastrana havia enviado uma mensagem de áudio à rádio, dizendo que estava sendo mantido refém. Em sua conta na rede social X, ele detalhou que foi detido pelo governo angolano enquanto tentava participar de um evento organizado pela Fundação Brenthurst e pelo Centro Democrata Internacional (IDC-CDI).
A situação foi confirmada por Lázaro Kakunha, secretário-geral adjunto da UNITA, que afirmou que 13 dos 17 convidados para a conferência estavam retidos. A conferência, que conta com a participação de políticos africanos, está programada para acontecer em Benguela, de sexta-feira a domingo.
Além de Pastrana, o político moçambicano Venâncio Mondlane e o ex-presidente do Botsuana, Ian Khama, também enfrentaram retenção. O advogado de Mondlane, Alberto Quechinacho, contestou a legalidade da retenção e afirmou que o político não está em fuga, embora a situação não esteja clara.
As autoridades colombianas, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, estão cientes do ocorrido e estão em contato com o consulado em Pretória e a Embaixada na África do Sul para verificar a situação. O Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) de Angola prometeu fornecer esclarecimentos sobre o caso em breve, à medida que as tensões em torno da conferência aumentam.