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Na quarta-feira, 19, um importante diálogo ocorreu entre o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores de Angola, Téte António. O foco da conversa foi a busca por uma solução pacífica para o conflito em curso no leste da República Democrática do Congo (RDC).
O Departamento de Estado americano divulgou um comunicado informando que os líderes discutiram o chamado “Processo de Luanda”, destacando o papel proativo de Angola na mediação de tensões na região. Embora a nota não tenha revelado detalhes específicos da conversa, a intenção de trabalhar em conjunto pela paz foi claramente enfatizada.
Recentemente, o governo dos EUA alertou sobre a necessidade de estabilidade na RDC, instando Ruanda a retirar suas tropas e armamentos avançados do território congolês. Essa questão é crucial, considerando o aumento da violência e a deterioração da segurança no leste da RDC, exacerbada pela ofensiva do grupo rebelde M23, que tem recebido suposto apoio de Kigali.
Em um evento paralelo no dia 17, os presidentes de Angola e da RDC, João Lourenço e Félix Antoine Tshisekedi, respectivamente, se reuniram em Luanda. A Presidência angolana afirmou que a reunião foi uma “diligência diplomática” em resposta à crescente instabilidade na região, especialmente após a recente reunião do Conselho de Paz e Segurança da União Africana em Adis Abeba, Etiópia.
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O ministro Téte António, ao resumir a conversa entre os líderes, destacou a necessidade de avaliar a situação de segurança na RDC e discutir os próximos passos a serem tomados, especialmente após as discussões em Adis Abeba.
O conflito, que já dura mais de uma década, se intensificou desde o final de 2024, com o avanço dos rebeldes M23, que conquistaram cidades chave no leste do país. Enquanto isso, o governo do Ruanda continua a negar as acusações de envolvimento no apoio aos rebeldes, que têm gerado preocupações internacionais e regionais.
Este encontro entre Rubio e António representa um esforço renovado para abordar a crise e buscar um caminho para a paz, em um momento crítico para a segurança e estabilidade da região.