O embaixador de Angola nos Emirados Árabes Unidos, Júlio Maiato, expressou sua tristeza e preocupação com os comportamentos de alguns cidadãos angolanos envolvidos em práticas fraudulentas e burlas nos Emirados Árabes Unidos. Durante a cerimônia de celebração dos 49 anos de independência de Angola, realizada no Dubai neste sábado, o diplomata lamentou o fato de que, frequentemente, compatriotas angolanos sejam citados em histórias de defraudações e comportamentos inaceitáveis.
“São frequentes os relatos de histórias que envolvem cidadãos que são defraudados por alguns angolanos residentes nos Emirados Árabes Unidos, envolvidos em práticas pouco abonatórias”, disse Maiato. Ele enfatizou a necessidade de fomentar a empatia e valorização do esforço e sacrifício dos outros, especialmente daqueles que necessitam de ajuda.
O embaixador, visivelmente incomodado com a situação, reforçou que o comportamento de tais cidadãos não condiz com os valores e princípios que devem nortear a diáspora angolana, especialmente em um momento de celebração e reflexão sobre o país e sua independência.
Compromisso com os Ideais de Paz e Reconciliação
Na mesma ocasião, Maiato destacou o pensamento do presidente João Lourenço, que tem enfatizado a importância de prestar atenção aos problemas da diáspora, especialmente no que tange à proteção jurídico-consular e à necessidade de manter os angolanos informados sobre a realidade do país. O embaixador lembrou a todos que, apesar de estarem distantes fisicamente, os angolanos no exterior continuam profundamente ligados às suas raízes, com um compromisso firme com os projetos do país e com os ideais de Paz, Reconciliação Nacional e Convivência Pacífica.
“Ainda que estejamos longe de casa, estamos profundamente ligados às nossas raízes”, afirmou Maiato, ressaltando que a união da diáspora é essencial para a promoção da democracia e o desenvolvimento econômico e social de Angola. O embaixador apelou aos angolanos presentes para que trabalhassem de forma colaborativa para mobilizar investidores e promover a cooperação, a fim de reposicionar Angola no cenário global.
União e Solidariedade Como Pilares do Desenvolvimento
Maiato também frisou a importância de cultivar o espírito patriótico e a solidariedade entre os angolanos, independentemente das suas convicções políticas, ideológicas ou religiosas. Ele enfatizou que a união da diáspora é crucial para alcançar os objetivos nacionais. “Quanto mais unidos estivermos, mais facilmente conseguiremos alcançar nossos objetivos”, afirmou, destacando que qualquer conquista de Angola será benéfica para todos os angolanos.
Durante o evento, que contou com a participação do Cônsul-Geral de Angola no Dubai, Bento André “Morgado”, e de outros diplomatas e membros da Associação de Angolanos e Amigos nos Emirados Árabes Unidos, também houve um momento cultural com a exibição de tranças africanas e uma exposição de pintura. O evento, promovido pela Embaixada de Angola e o Consulado Geral de Angola no Dubai, reforçou os laços de solidariedade e a importância de se manter o orgulho e os valores da angolanidade, independentemente da distância geográfica.
O embaixador Maiato concluiu sua intervenção reafirmando o compromisso de Angola com o bem-estar da sua diáspora, apelando para que os angolanos no exterior sigam o exemplo de união e cooperação para contribuir para o desenvolvimento contínuo do país.
Exmo Senhor Embaixador, é de facto uma situação preocupante uma vez que não só mancha a imagem dos individuos que praticam tais actos mas de todos nos Angolanos incluindo a do nosso proprio país. Chegamos a uma altura em que ja não basta simplesmente lamentar. Ha que partirmos para medidas dissuasivas e repressivas de tais praticas sob pena de continuarem com as mesmas praticas porque sabem que ninguem os vai fazer nada! DE RECORDAR QUE A IMPUNIDADE A TODOS OS NIVEIS ESTIMULA O COMETIMENTO DE PRATICAS ILICITAS, daí a necessidade urgente de identificar os referidos burladores, julga-los mesmo no Dubai e coloca-los na cadeia e serem castigados de forma disssuasiva (no Dubai) por formas a nem se quer sonharem em praticar os mesmos actos no futuro. Repito: A esta altura lamentar apenas sem se tomar medidas punitivas, não ajudará a resolver o problema. Bem haja senhor Embaixador. Tenho dito.