O Ministério das Finanças atribui as inconsistências às dificuldades no Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado (SIGFE). Embora a qualidade da prestação de contas nas MDC tenha melhorado, ainda existem dificuldades na monitorização dos registos financeiros, incluindo receitas e despesas. No exercício anterior, foram gastos 96,13 milhões de euros e 54,14 milhões USD.
Em 2022, as receitas das MDC, provenientes principalmente da cobrança de atos consulares, chegaram a 13.200 milhões Kz, mas caíram para 7.758 milhões Kz em 2023. O governo não conseguiu justificar essa disparidade nas receitas.
O financiamento das MDC provém dos duodécimos transferidos trimestralmente pelo Tesouro Nacional. No entanto, a falta de registos oportunos no SIGFE é uma questão persistente. Em 2022, o TdC observou que 47 das 86 MDC não enviaram regularmente os seus relatórios de prestação de contas, conforme exigido por lei.
Assim, as despesas divulgadas pelo Ministério das Finanças somam 109 mil milhões Kz, mas, de acordo com cálculos do Expansão, as despesas parciais das MDC totalizam aproximadamente 167 mil milhões Kz, revelando um desvio significativo que precisa de ser esclarecido.
