Na última quarta-feira, a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis emitiu um comunicado alarmante sobre o aparecimento de uma substância oleosa na bacia de Malembo, em Cabinda. Em resposta a essa situação, foi criado um grupo de trabalho com a missão de investigar as causas do derrame.
A ONG Minuto Verde-Quercus Angola expressou, na quinta-feira, sua “profunda preocupação” em relação ao incidente. A organização classificou o derrame como “uma grave ameaça” ao meio ambiente e às comunidades que habitam a região, pedindo às autoridades angolanas e às empresas do setor petrolífero que adotem medidas imediatas para minimizar os impactos.
Além disso, o Núcleo de Activistas de Cabinda fez um apelo a seus parceiros internacionais de defesa ambiental, solicitando apoio para todas as partes envolvidas na situação. A mobilização por ajuda reflete a urgência em lidar com a crise ambiental que se desenrola.
O deputado Gervásio Zau, da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), também usou suas redes sociais para denunciar o ocorrido. Ele lamentou a inação das autoridades locais e enfatizou a “desgraça de Cabinda”, fazendo um apelo para que a exploração de recursos cesse.
A Chevron, uma multinacional norte-americana com presença na região há 70 anos, opera através de sua subsidiária Cabinda Gulf Oil Company Limited. A empresa explora recursos em duas concessões na província: o Bloco 0, localizado na costa, e o Bloco 14, que se estende para águas profundas.
O incidente em Cabinda levanta questões sérias sobre a responsabilidade ambiental e a necessidade de proteção das comunidades locais diante das atividades petrolíferas. O futuro da região e de seus habitantes depende de ações rápidas e eficazes.