O MPLA deu início hoje, 16 de dezembro, ao VIII Congresso Extraordinário, que reúne 2.000 delegados nacionais e internacionais sob o lema “MPLA, da independência aos nossos dias – os desafios futuros”. O evento visa ajustar os estatutos do partido, preparando-o para os desafios políticos e eleitorais, incluindo as eleições gerais de 2027.
Entre as principais alterações, destaca-se a possível revisão do artigo 120, que atualmente vincula o Presidente do MPLA como candidato automático à Presidência da República, podendo abrir caminho para a separação de poderes entre o líder partidário e o chefe de Estado.
A realização do congresso ocorre após o Tribunal Constitucional rejeitar uma providência cautelar interposta por António Venâncio, crítico da liderança atual, que apontava irregularidades no processo.
Apesar de não ser electivo, o conclave é marcado por debates internos intensos, com figuras como Fragata de Morais manifestando oposição à revisão dos estatutos e alertando para possíveis consequências políticas.
Desde a sua fundação em 1956 e a proclamação da independência em 1975, o MPLA tem se destacado como força política dominante em Angola. Este congresso extraordinário é o oitavo da sua história e acontece em um momento de definição estratégica para o futuro do partido e do país.