A Procuradoria-Geral da República/Militar (PGR) ordenou a detenção do comandante da esquadra do Benfica, em Luanda, e de quatro outros agentes da Polícia Nacional, após a agressão física a um sub-inspector em plena via pública. O incidente, registrado em vídeo e amplamente compartilhado nas redes sociais, gerou forte crítica pública à conduta dos envolvidos. Os detidos enfrentarão julgamento nos próximos dias.
Após uma suspensão inicial e a abertura de um processo disciplinar, todos os envolvidos foram detidos e levados à cadeia militar do Tombo, localizada na zona dos Ramiros, em Luanda. Curiosamente, o próprio sub-inspector agredido, que foi filmado sendo arrastado pelos colegas, também foi detido e será julgado, segundo fontes judiciais.
O incidente ocorreu em setembro, quando o sub-inspector tentava entrar em uma loja de combustíveis já fechada. Relatos indicam que o proprietário da loja chamou o comandante da esquadra do Benfica para relatar a situação. O comandante, intendente Eugénio de Marão Paulo, ordenou que seus homens levassem o sub-inspector até a esquadra. Em um ato de desrespeito, os agentes cumpriram a ordem, arrastando o oficial até a esquadra, onde foi algemado a uma cama.
Diante da repercussão negativa nas redes sociais, o Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional (CPL) suspendeu imediatamente o comandante e os agentes envolvidos, incluindo o oficial agredido, para apurar os fatos. Após o incidente, os efectivos da esquadra manifestaram apoio ao colega, destacando a indignação em relação às ações tomadas por seus superiores.