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A China expressou forte desaprovação em relação à recente proposta de venda de armas dos Estados Unidos a Taiwan, prevista para liberar 5,3 bilhões de dólares em ajuda militar. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lin Jian, enfatizou que a nação asiática “defenderá firmemente a sua soberania nacional” e permanecerá “vigilante” sobre as ações da administração de Donald Trump.
Lin afirmou que o fornecimento de assistência militar a Taiwan “viola gravemente o princípio da ‘Uma só China'” e afeta diretamente a soberania e a segurança da China. Ele alertou que essa ajuda envia um “sinal errado” para os defensores da independência de Taiwan, intensificando as tensões entre Pequim e Washington.
A questão de Taiwan é um dos principais pontos de discórdia nas relações sino-americanas, com os EUA sendo o principal fornecedor de armas para a ilha. O porta-voz exortou os Estados Unidos a cessarem a venda de armas, ressaltando que isso prejudica a paz e a estabilidade na região.
Wang Huning, uma figura proeminente do Partido Comunista, pediu esforços adicionais para promover a “reunificação” da China durante uma reunião sobre Taiwan. Ele reiterou a posição de que a China deve manter o controle sobre as relações entre as duas margens do Estreito de Taiwan e apoiar forças que promovam a unidade, enquanto reprime atos que buscam a independência.
A China considera Taiwan uma província rebelde e não descarta a possibilidade de usar a força para garantir sua reunificação. Em resposta a exercícios militares realizados pela China ao largo da costa sul da ilha, Taiwan mobilizou suas forças navais, aéreas e terrestres, aumentando as tensões na região.
Desde a posse do atual líder de Taiwan, William Lai, em maio do ano passado, a pressão militar da China sobre a ilha aumentou significativamente, com o Ministério da Defesa de Taiwan registrando mais de 3.000 incursões de aviões de guerra chineses em 2024, um aumento de 80% em comparação ao ano anterior.