O Governo do Chade suspendeu, nesta quinta-feira, 5 de Junho, a emissão de vistos para cidadãos norte-americanos, em resposta à decisão do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que proibiu a entrada de cidadãos de 12 países, incluindo o Chade, sob justificativa de “proteger os EUA contra terroristas estrangeiros”.
O anúncio foi feito pelo presidente chadiano, Idriss Déby, numa publicação nas redes sociais, posteriormente confirmada pela agência Reuters.
“Instruí o governo a agir com base no princípio da reciprocidade e a suspender a emissão de vistos para cidadãos americanos”, escreveu Déby, acrescentando: “O Chade não tem aviões para oferecer, nem bilhões de dólares para dar, mas o Chade tem a sua dignidade e orgulho”.
A ordem executiva assinada por Trump na quarta-feira, 4, entra em vigor no dia 9 de Junho e abrange 12 países, nomeadamente: Afeganistão, Birmânia (Myanmar), Chade, República Democrática do Congo, Eritreia, Haiti, Irão, Líbia, Somália, Sudão, Iémen e um Estado membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), não especificado.
Adicionalmente, segundo informações da CNN, sete países foram incluídos numa lista de restrições parciais: Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turquemenistão e Venezuela. As restrições abrangem tanto imigrantes quanto não imigrantes, especifica o documento.
A medida reacende críticas à política migratória da Administração Trump, acusada por diversas organizações internacionais de discriminação e unilateralismo diplomático.
