
A Polícia Criminal de Investigação (SIC) está intensificando suas operações contra a rede criminosa que desviou mais de 7 mil milhões de kwanzas em impostos. Em uma nova ação, um funcionário do Ministério das Finanças (MINFIN), atuando como técnico no Serviço de Tecnologias de Informação e Comunicação das Finanças Públicas (SETIC-FP), foi detido após um período de fuga à justiça.
De acordo com fontes do SIC, o técnico havia se refugiado em Portugal após o escândalo vir à tona, mas retornou disfarçado ao país com a suposta intenção de “reaver algum bem valioso”. No entanto, ele foi preso na via pública, enfrentando um mandado de detenção emitido pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
O funcionário é acusado de falsidade informática, associação criminosa e peculato, elevando o total de detidos no caso para dez indivíduos. Entre os já presos estão um ex-administrador da AGT, um ex-diretor da direção de arrecadação e cadastro, um empresário e consultor da empresa chinesa H&S, que, na verdade, era funcionário da AGT em licença para negócios, além de vários funcionários da Administração Tributária.
O escândalo gerou uma onda de indignação pública, levando a ministra das Finanças a pedir desculpas aos contribuintes pelos atos lesivos cometidos por gestores públicos. Ela assegurou que os responsáveis serão rigorosamente punidos e que o governo mantém uma postura firme contra a corrupção.
Recentemente, a ministra também promoveu mudanças no conselho de administração da AGT, nomeando novos membros, mas mantendo José Leiria como presidente do conselho de administração. As investigações continuam, com o SIC buscando esclarecer completamente o caso e responsabilizar todos os envolvidos.