
O co-arguido Crecenciano Capamba revelou, em julgamento, que seu irmão, João Gabriel, cabecilha do grupo, adquiriu 14 granadas ao preço de 30 mil kwanzas cada. O acusado, funcionário do Centro de Desminagem do Huambo há 17 anos, admitiu ter convencido Arão Castro a retirar os engenhos explosivos da instituição.
Segundo Crecenciano, João Gabriel alegou que usaria as granadas para pesca, mas, ao perceber um possível uso indevido, tentou devolver parte do material, enterrando seis granadas em seu quintal. Sua intenção de devolvê-las foi interrompida por sua detenção enquanto tramitava um documento de procuração.
Arão Castro, especialista em desminagem, confirmou ter entregue diversas granadas a Crecenciano, questionando-o sobre a confiabilidade do destinatário. O processo investiga sete arguidos sob acusações de organização terrorista, associação criminosa e aquisição de armas proibidas. Até agora, quatro réus já foram ouvidos, com cada interrogatório durando cerca de cinco horas.