
A visita de Joe Biden a Angola trouxe consigo o anúncio de um empréstimo bilionário, mas a promessa de apoio financeiro é vista com ceticismo por muitos angolanos. A corrupção generalizada no país é apontada como o principal motivo pelo qual esses recursos não resultam em benefícios diretos para a população.
Críticos argumentam que o dinheiro emprestado pelos EUA será desviado por líderes corruptos e, ironicamente, voltará ao sistema financeiro americano. “Eles roubam o dinheiro aqui e guardam em bancos estrangeiros. Quando morrem, as contas são congeladas e o dinheiro nunca retorna ao povo angolano”, observou um analista.
Esse ciclo vicioso reforça a ideia de que, apesar das promessas de desenvolvimento e modernização, o principal beneficiário desses empréstimos continua sendo o próprio credor. “Biden vai ‘dar’ 1 bilhão, mas vai lucrar seis vezes mais com o que será exportado daqui e com os próprios erros dos governantes locais”, comentou um leitor.
Para muitos, a chave para reverter essa situação está em fortalecer os mecanismos de controle interno e garantir que os recursos externos sejam aplicados em projectos que realmente impactem a vida dos angolanos. Sem isso, dizem os críticos, os empréstimos não passam de uma estratégia para consolidar o domínio econômico estrangeiro sobre Angola.