O Presidente dos EUA, Joe Biden, cancelou a sua participação na cimeira mensal da NATO, que aconteceria na base militar de Ramstein, na Alemanha, onde seria discutido o “plano de vitória” do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. O plano, que inclui a entrada acelerada da Ucrânia na NATO e o uso de mísseis de longo alcance contra a Rússia, depende do apoio de Washington.
O cancelamento foi um golpe para Kiev, já que os EUA são os maiores aliados da Ucrânia, e sem o apoio decisivo de Biden, a situação de Zelensky no campo de batalha se torna ainda mais delicada. Além disso, com a proximidade das eleições americanas e a possibilidade de Donald Trump retomar o poder, a continuidade do apoio militar dos EUA está em risco, complicando ainda mais a posição ucraniana frente à Rússia.
A ausência de Biden na cimeira de alto nível compromete as chances de avanços significativos no apoio à Ucrânia, deixando Kiev sem um caminho claro para implementar o plano de Zelensky, que já foi desacreditado por vários países da NATO e por analistas internacionais. Enquanto isso, líderes europeus como Olaf Scholz e Emmanuel Macron começam a sinalizar uma abertura para negociações de paz com Moscovo, sugerindo que o foco deve mudar para a reconstrução da Ucrânia.
Com o inverno chegando e a infraestrutura energética ucraniana em colapso, a situação militar pode se deteriorar rapidamente, agravando ainda mais a crise no leste europeu.