
Os cidadãos angolanos vão enfrentar um aumento significativo nas tarifas de energia elétrica e água, com percentuais de 11% e 30%, respetivamente. O anúncio foi feito pelo Instituto Regulador dos Serviços de Eletricidade e Água (IRSEA) nesta sexta-feira, 9 de maio, em consequência de um despacho publicado em Diário da República no dia 5 de maio.
De acordo com o economista José Lumbo, a medida terá impacto direto no orçamento familiar. “Por exemplo, quem pagava mil kwanzas de energia elétrica passará a pagar mil cento e dez kwanzas, e para a água, o aumento é ainda maior, atingindo 30%”, explicou. O economista destacou que o impacto será mais sentido em contas de maior valor, já que o percentual se aplica de forma proporcional.
A decisão, segundo o IRSEA, está justificada pelo aumento dos custos de produção e distribuição, além da necessidade de garantir a manutenção, modernização e expansão das redes em áreas urbanas e rurais. A entidade reguladora defende que o reajuste é fundamental para evitar a degradação dos serviços e assegurar a oferta de água e energia de qualidade à população.
José Lumbo destacou ainda que, embora a medida vise garantir sustentabilidade ao setor, as famílias mais vulneráveis poderão enfrentar dificuldades para lidar com o aumento nos preços. “É fundamental que o governo considere políticas de apoio para minimizar o impacto nas camadas mais afetadas”, acrescentou o economista.