
O atraso no pagamento das bolsas de estudo do Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo (INAGBE) está a gerar dificuldades graves para estudantes angolanos na Europa, especialmente em Portugal e Espanha. Sem os subsídios, muitos enfrentam dificuldades para cobrir despesas básicas, como alimentação e alojamento.
Segundo relatos obtidos pelo Novo Jornal, os estudantes em Portugal e Espanha já acumulam cerca de quatro meses de atraso nos pagamentos, enquanto bolseiros noutros países relatam uma espera de cinco meses. A incerteza sobre quando os valores serão regularizados tem gerado preocupação e indignação entre os estudantes, que planeiam protestar junto da Embaixada de Angola em Lisboa para pressionar as autoridades a resolverem o problema.
Os bolseiros, que pediram anonimato, afirmam que a situação começa a atingir um ponto crítico. Muitos recorrem a ajudas informais, como contribuições entre colegas, para garantir alimentação. O pagamento do arrendamento também é um desafio, e alguns temem ficar desalojados caso o problema persista.
O INAGBE ainda não se pronunciou sobre os atrasos ou os motivos da demora. No entanto, esta não é a primeira vez que a entidade enfrenta dificuldades na gestão dos subsídios. No início do mês, estudantes em Angola também denunciaram um atraso de quatro meses nos pagamentos das bolsas internas. Após pressão pública, o INAGBE anunciou a regularização gradual dos valores a partir do dia 17, mas os estudantes dizem que os pagamentos ainda não foram efetuados.
A incerteza continua, deixando centenas de bolseiros em situação vulnerável, sem respostas claras sobre quando terão os seus direitos garantidos.