
Pelo menos 13 pessoas foram mortas em um ataque atribuído aos rebeldes do Movimento 23 de Março (M23) na região de Nyirangongo, próximo a Goma, a capital da província de Kivu Norte. Este ataque ocorre em um momento crítico, logo após uma reunião entre os presidentes da República Democrática do Congo (RDCongo) e do Ruanda, realizada em Doha com a mediação do emir do Qatar, Tamim bin Hamad Al-Thani.
Os líderes Félix Tshisekedi (RDCongo) e Paul Kagame (Ruanda) discutiram a crescente violência no leste da RDCongo, onde as forças governamentais enfrentam os rebeldes do M23, que são alegadamente apoiados pelo Ruanda. Apesar das promessas de um cessar-fogo “imediato e incondicional” e do compromisso de continuar as negociações para uma paz duradoura, o ataque em Nyirangongo reflete a fragilidade da situação.
Julien Kinyambisa, representante da sociedade civil na região, informou que as vítimas do ataque eram jovens, mas os motivos por trás da violência ainda são desconhecidos. Os esforços diplomáticos para um acordo de paz têm sido infrutíferos, com a última tentativa de cúpula de paz agendada para dezembro em Luanda sendo cancelada devido à ausência de Kagame.
Além disso, um diálogo de paz direto entre as delegações da RDCongo e do M23, planejado para ocorrer em Angola, também foi adiado. O M23 cancelou sua participação em resposta a sanções impostas pela União Europeia a alguns de seus líderes. O governo angolano, atuando como mediador, reafirmou seu compromisso em facilitar o diálogo como única solução viável para a pacificação na região.
Desde a tomada de Goma pelo M23 em janeiro, a situação na RDCongo se deteriorou, com os rebeldes agora controlando as capitais das províncias de Kivu Norte e Kivu Sul, áreas ricas em minerais valiosos como ouro e coltan. Este contexto de instabilidade e violência continua a gerar preocupações sobre a segurança e o futuro pacífico da região.