Hoje, um bombardeamento do exército israelita contra uma escola localizada no campo de refugiados de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, resultou na morte de pelo menos 16 palestinianos, entre os quais quatro crianças. A informação foi divulgada por fontes médicas e confirmada pela agência noticiosa palestiniana WAFA, assim como pelo jornal Filastin, vinculado ao Movimento de Resistência Islâmica (Hamas). Até o momento, o exército israelita não se pronunciou sobre o ataque.
Além das mortes, o ataque deixou 32 pessoas feridas, segundo informações do Hospital Awda, que está a tratar as vítimas. O campo de Nuseirat abriga palestinianos deslocados devido à ofensiva israelita que se intensificou após os ataques do Hamas a Israel no dia 7 de outubro de 2023, que resultaram em cerca de 1.200 mortos e mais de duzentos reféns.
Desde o início da retaliação israelita, o Ministério da Saúde de Gaza informou que já foram registadas mais de 42.800 mortes, incluindo quase 750 palestinianos mortos em ações das forças de segurança israelitas e ataques de colonos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. As mulheres e as crianças constituem mais de metade das vítimas, enquanto Israel afirma ter neutralizado mais de 17 mil combatentes do Hamas, embora não tenha apresentado provas concretas.
Nos últimos meses, Israel intensificou os ataques a escolas que foram transformadas em abrigos, justificando que alguns civis estariam a proteger militantes do Hamas. Essas ações têm gerado preocupações sobre o elevado número de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças.
A guerra em Gaza também forçou cerca de 90% da população local, estimada em 2,3 milhões de pessoas, a se deslocar, com milhares vivendo em acampamentos ao longo da costa, após a destruição de bairros inteiros. As negociações para um cessar-fogo, mediadas pelos Estados Unidos, Egito e Qatar, foram interrompidas durante o verão, enquanto a conflagração se expandiu para o Líbano, onde Israel lançou uma nova ofensiva terrestre há mais de três semanas, em meio a intensos confrontos com o grupo Hezbollah.