As autoridades angolanas anunciaram, na sexta-feira, 15 de novembro, o primeiro caso confirmado de mpox (anteriormente conhecida como varíola dos macacos) no país, detectado numa cidadã da República Democrática do Congo (RDC). O caso foi confirmado na capital angolana, Luanda, após uma série de testes clínicos, epidemiológicos e laboratoriais.
De acordo com o comunicado emitido pelo Ministério da Saúde, a mulher, de 29 anos, foi isolada junto às pessoas com quem teve contacto direto, e todas estão atualmente a ser monitoradas no Centro Especializado de Tratamento de Endemias e Pandemias (CETEP). As autoridades de saúde também informaram que estão sendo realizadas medidas de desinfecção nas áreas onde a cidadã esteve, bem como ações de rastreamento e identificação dos contactos próximos, com o objetivo de controlar a disseminação do vírus.
O ressurgimento de mpox em vários países da África Oriental, incluindo a RDC, Burundi, Quénia, Ruanda e Uganda, levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar, em agosto, uma emergência de saúde pública de interesse internacional. A OMS destacou que o clado 1 do vírus, responsável pela atual epidemia na região, apresenta uma taxa de mortalidade de 3,6%, sendo particularmente perigoso para as crianças.
A mpox é uma doença viral zoonótica, ou seja, transmitida dos animais para os seres humanos, mas também pode ser disseminada através de contacto físico direto com uma pessoa infectada. Os sintomas incluem febre, dores musculares e o aparecimento de lesões cutâneas. A doença, embora menos transmissível que a varíola, exige vigilância e medidas rigorosas de prevenção e controle para evitar sua propagação.
O caso em Angola ocorre num contexto de alerta global sobre o aumento dos casos de mpox em diversos países, com as autoridades locais intensificando as ações para prevenir novos surtos e garantir a saúde pública.