O especialista em relações internacionais, Crisóstomo Chipilica, destacou que Angola terá desafios significativos à frente da União Africana (UA) com a presidência de João Lourenço em 2025. Segundo Chipilica, o Chefe de Estado angolano enfrenta uma missão “imponente” e terá a oportunidade de abordar questões que outros líderes não conseguiram resolver, especialmente nas áreas de paz e desenvolvimento.
Para assegurar uma gestão eficaz, o Presidente de Angola determinou a criação de um grupo de trabalho interministerial, que será responsável pela preparação, coordenação e execução das tarefas relacionadas à presidência da UA. O grupo será coordenado pelo ministro das Relações Exteriores, com o ministro da Defesa Nacional como coordenador-adjunto, conforme o Despacho Presidencial n.º 264/24 de 4 de Novembro.
Chipilica também ressaltou que a UA ainda enfrenta dificuldades para concretizar os valores de unidade, desenvolvimento económico e inclusão. O analista defende que, para cumprir os ideais de líderes históricos como Kwame Nkrumah e Julius Nyerere, a UA deveria se transformar em uma estrutura comparável a outras organizações, como a União Europeia, para alavancar o desenvolvimento do continente.