O Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola e o Ministério dos Hidrocarbonetos da República Democrática do Congo (RDC) assinaram na última quarta-feira, em Luanda, um acordo com novos termos para o desenvolvimento conjunto do Bloco Offshore 14. A assinatura ocorreu durante a 5.ª Conferência Internacional Angola Oil & Gas, que se encerrou ontem.
Situado na fronteira marítima entre Angola e a RDC, o Bloco 14 possui uma capacidade de produção de 3,29 milhões de barris de petróleo por ano. Este bloco de águas profundas é operado pela Cabinda Gulf Oil Company, subsidiária local da Chevron, em parceria com a Eni, ETU Energias e a petrolífera nacional angolana Sonangol.
O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola, Diamantino Azevedo, afirmou que o acordo cobre todas as atividades na zona comum e representa um passo importante para concretizar o sonho de ambos os países. Azevedo destacou a experiência de Angola em projetos similares e assegurou a colaboração com a RDC para aplicar essa expertise no desenvolvimento do Bloco 14.
Por parte da RDC, o ministro dos Hidrocarbonetos, Aimé Sakombi Molendo, também rubricou o documento. Em seu discurso na conferência, Azevedo ressaltou o contexto internacional desafiador, mas apontou sinais positivos na indústria de petróleo e gás, que demonstram resiliência e adaptação a situações adversas.
Além deste acordo, foi firmado um segundo acordo entre os ministérios das Finanças de Angola e da RDC, com o objetivo de melhorar a cooperação nos campos do comércio, negócios e investimento. Este documento, que visa promover a inovação, padrões financeiros e o desenvolvimento socioeconómico, foi assinado pela ministra das Finanças de Angola, Vera Daves de Sousa, e pelo ministro das Finanças da RDC, Nicolas Kazad.