A cerimônia realizada na tarde de segunda-feira, 6 de Janeiro, no Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais “Osvaldo de Jesus Serra Van-Dúnem”, em Luanda, onde o Ministro do Interior, Manuel Homem, atribuiu menções honrosas aos efetivos da Operação N24, gerou uma onda de críticas nas redes sociais. Muitos usuários expressaram descontentamento, apontando que os verdadeiros heróis da quadra festiva não foram reconhecidos.
Em diversos comentários, internautas lamentaram a ausência de policiais que realmente estiveram na linha de frente, garantindo a segurança nas ruas e praças durante as festividades. “Isso é uma autêntica palhaçada. Aos polícias que realmente trabalharam incansavelmente, nenhum deles está aí. Os agentes que garantiram tranquilidade nem constam, quem está lá são os comissários que nem se quer faziam 24h de serviço”, criticou um comentarista.
Outra voz dissonante destacou a falta de reconhecimento para os comandantes das pequenas esquadras e o pessoal menor que realmente atuou em campo. “Desde já parabenizar a iniciativa do Sr. Ministro. Mas será que os homens que estavam na linha de frente, os comandantes das pequenas esquadras ou o pessoal menor, também mereceram isso?”, questionou.
As críticas se intensificaram, com muitos afirmando que os que realmente enfrentaram os perigos são sempre os esquecidos. “Os agentes que prendem armas e estão sempre com a população e enfrentando lutas e rixas de gangue não recebem nada, nenhum diploma, mas os que ficam no gabinete e vão para casa à noite estão sempre a serem contemplados”, lamentou outro internauta.
Outros comentários refletiram a frustração pela perpetuação de uma cultura de reconhecimento apenas para os de cargos superiores. “Esse ato devia ser dado aos homens que estiveram no terreno e não aos chefes. Outros é que sofrem, e outros é que festejam”, enfatizou um crítico.
A insatisfação generalizada culminou em um sentimento de injustiça: “Na verdade, quem deveria receber essas honrarias seriam os efetivos que se mantiveram nas ruas, mantendo a tranquilidade, e não só os comandantes”, expressou um usuário.
As reações destacam a necessidade urgente de uma reflexão sobre o reconhecimento e a valorização dos efetivos que atuam na linha de frente, evidenciando um descontentamento que vai além de uma simples cerimônia de premiação, mas que toca na essência do respeito e valorização do trabalho policial em Angola.