Dezenas de aviões e helicópteros inativos permanecem no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, em Luanda, há mais de uma década, aguardando a remoção e possível venda como sucata. Após um edital do Ministério dos Transportes, que em 2022 deu seis meses para que proprietários retirassem as aeronaves avariadas, apenas sete das 76 aeronaves foram removidas. Atualmente, restam 69 aeronaves, agora pertencentes ao Estado, à espera de interessados no material.
A Sociedade Gestora de Aeroportos (SGA) afirma que a recuperação das aeronaves é possível para os antigos donos, desde que paguem as dívidas de estacionamento acumuladas. Para potenciais compradores de sucata, a burocracia é apontada como um grande empecilho, com siderúrgicas queixando-se da lentidão no processo de aquisição. O porta-voz da SGA reforçou que a responsabilidade pela venda é do Estado, recomendando que os interessados sigam os requisitos do edital.
Das aeronaves restantes, 32 pertencem à Sonair e 37 à Força Aérea Nacional. Em 2021, a Sonair já havia iniciado um processo de alienação internacional, vendendo cinco helicópteros a uma empresa sul-africana, citando o risco que representavam à navegação aérea.