Em um extenso país com um litoral impressionante e um planalto central, Angola está se movendo para o interior da África Austral, fazendo fronteira com a Namíbia, Botsuana, Zâmbia e a República Democrática do Congo. Com uma população que ultrapassa os 33 milhões de habitantes (dados de 2022), o país enfrenta desafios significativos em sua economia, especialmente com os recentes anúncios da ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa.
Os sindicatos expressaram preocupações crescentes após a ministra admitir atrasos nos pagamentos dos salários da função pública. Este anúncio é alarmante, uma vez que os salários já são insuficientes para cobrir as necessidades básicas das famílias angolanas, corroídos diariamente pela inflação. Os funcionários públicos estão enfrentando dificuldades extremas, uma vez que muitos dependem exclusivamente de seus salários para sustentar suas famílias.
Com um aumento contínuo nos preços globais dos alimentos e um kwanza cada vez mais fraco, a inflação em Angola manteve-se elevada, com uma média de 27,9% ao ano entre janeiro e agosto. Mesmo após o Banco Central ter elevado a taxa de política em 250 pontos-base para 19,5% desde novembro de 2023, as medidas parecem insuficientes para conter a crise.
A situação é ainda mais crítica para as camadas mais vulneráveis da população. Projeções indicam que mais de um terço dos angolanos viverá com menos de US$ 2,15 por dia neste ano. Embora o programa de transferência de renda Kwenda ofereça alguma proteção social a 1,5 milhão de famílias rurais, a maioria das famílias urbanas permanece desamparada e exposta a choques financeiros.
A gestão da ministra Vera Daves tem sido amplamente criticada por sua incapacidade em criar políticas eficazes que enfrentem esses tempos difíceis e que minimizem os atrasos nos pagamentos aos trabalhadores do estado. Acusações sobre sua conexão com esquemas fraudulentos também emergem no debate público, levantando questões sobre sua competência e compromisso com o bem-estar da população angolana.
Assim, Vera Daves se destaca como uma figura controversa em 2024, simbolizando os desafios enfrentados por muitos angolanos em meio a uma crise econômica crescente.
Fonte: MAKA MAVULO
1 thought on “A MINISTRA QUE MAIS PREJUDICOU A VIDA DOS ANGOLANOS EM 2024”
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Na verdade, naquilo que é a minha opinião pessoal, o salário quando atrasa agrava demasiadamente a vida social! Isso porque, cada vez que há aumento no salário da função pública, os preços dos bens essenciais para consumo (cesta básica) também sobe e o custo de vida continua com mais agravamento para camadas mais baixas!
A minha contribuição, é o governo fazer pagamento dos quinzenalmente, isso ajudaria a poupança e evitaria dívidas (kilapes) nas lojas dos ‘malianos’ que pelos vistos os angolanos trabalham para eles. Por outro, se governo investisse ou tutelasse a compra dos bens essenciais para o consumo, ainda que pagasse menos, os cidadãos veriam a vida mais facilitado por ter o que comer a partir dos preços mais baratos! Obrigado.