
A UNITA manifestou-se contra a transferência dos vendedores do mercado informal do Tchissindo para o novo espaço localizado no Kawe, na cidade do Cuíto, província do Bié. A posição foi tornada pública esta semana, durante uma visita de constatação ao local por parte do secretário provincial do partido, Celso Torres, que também é deputado à Assembleia Nacional.
Segundo o dirigente, a medida foi tomada sem consulta prévia à população, o que gerou descontentamento entre os feirantes. Celso Torres denunciou as precárias condições do novo mercado, apontando falta de segurança, escassez de espaço e exclusão de centenas de vendedores, que ficaram sem lugar para exercerem as suas atividades comerciais.
“Este processo de transferência foi mal conduzido e deixou muitos cidadãos desamparados”, afirmou o deputado, garantindo que irá levar o assunto ao Parlamento, por considerar tratar-se de uma questão de interesse público e social.
O mercado do Tchissindo é reconhecido como o maior centro comercial informal a céu aberto do Bié, movimentando diariamente milhares de pessoas e produtos. A sua desativação e transferência têm sido alvo de críticas por parte da sociedade civil e de partidos da oposição.