
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu nesta quarta-feira, 16, uma intensificação da pressão sobre a Rússia para pôr fim à invasão de seu país, instando os aliados a adotarem uma postura mais firme contra Moscovo. A solicitação ocorreu no contexto de uma série de reuniões de alto nível em Paris, onde uma delegação ucraniana chegou para dialogar com autoridades europeias e norte-americanas.
Na mensagem publicada na plataforma Telegram, Zelensky reiterou a urgência de se “pressionar os assassinos russos” a encerrar a guerra e garantir uma paz duradoura para a Ucrânia e para a região. Segundo o líder ucraniano, o fim do conflito é crucial não apenas para a segurança do seu país, mas também para a estabilidade internacional.
A delegação ucraniana, chefiada por Andrii Yermak, chefe de gabinete do Presidente Zelensky, inclui também o ministro dos Negócios Estrangeiros, Andriy Sybiga, e o ministro da Defesa, Rustem Umerov. Eles chegaram a Paris com o objetivo de realizar uma série de encontros bilaterais e multilaterais com representantes de potências europeias e dos Estados Unidos, a fim de discutir os próximos passos rumo a um cessar-fogo definitivo e outras questões de segurança regional.
Entre os principais interlocutores da comitiva ucraniana estão representantes de países chave da Europa, como França, Alemanha e Reino Unido, bem como autoridades dos Estados Unidos, incluindo o secretário de Estado, Marco Rubio, e o enviado especial dos EUA para o Médio Oriente, Steve Witkoff. Durante as discussões, a Ucrânia busca reforçar sua posição e garantir o apoio contínuo de seus aliados na guerra contra a Rússia, especialmente no que diz respeito a mais ajuda militar e humanitária.
Este movimento ocorre em um momento tenso nas relações entre a Europa e os Estados Unidos, amplificado pelo retorno iminente de Donald Trump ao cenário político, como possível candidato nas próximas eleições presidenciais dos EUA. Trump tem manifestado sua intenção de pôr fim à guerra o mais rapidamente possível, mas seu desejo de se aproximar de Moscovo tem gerado divisões e preocupações dentro da coalizão de aliados da Ucrânia, que vêem na retórica de Trump uma ameaça ao apoio substancial que o país vem recebendo de Washington.
A visita da comitiva ucraniana a Paris também se dá no momento em que as negociações para um cessar-fogo estão longe de um acordo definitivo, com a Rússia, por sua vez, mantendo sua postura agressiva e sem sinais de retroceder em sua ofensiva militar. O apoio internacional, especialmente de aliados como os EUA e os países europeus, continua sendo vital para sustentar os esforços de defesa ucranianos e a busca por uma solução diplomática para o conflito.