
A Administração Geral Tributária (AGT) desbloqueou as contas bancárias de mais de 120 empresas que se encontravam paralisadas desde Outubro do ano passado, na província do Cunene. A informação foi avançada ao jornal OPAÍS pelo presidente da Associação Provincial dos Empresários, Orlando Chielekeni.
Segundo Chielekeni, a decisão do desbloqueio surgiu após um encontro realizado entre o Governo e a Associação das Empresas. No total, encontravam-se bloqueadas mais de 150 empresas em 2024, situação que causou sérios constrangimentos ao tecido empresarial da província.
“Neste momento, são apenas 23 empresas que continuam com as contas suspensas, mas todas elas já estão num bom caminho”, disse Orlando Chielekeni, destacando que a sua Associação tem vindo a trabalhar de forma contínua com as autoridades ao longo dos últimos oito meses, o que permitiu uma reavaliação criteriosa de cada um dos processos em causa.
O encontro contou com a presença do secretário de Estado do Tesouro do Ministério das Finanças, João Boa Francisco Quipipa, e do presidente do Conselho de Administração da AGT, José Leiria. Durante a reunião, foi também decidido reduzir os valores das multas aplicadas a vários empresários na ordem dos 50%, como forma de aliviar o peso financeiro e permitir que as empresas retomem as suas actividades com maior estabilidade.
“A decisão da AGT é o resultado de muito esforço e persistência. Pedimos a reavaliação de cada processo, e muitas empresas já foram analisadas e desbloqueadas, o que é positivo para o ambiente de negócios no Cunene”, reconheceu o líder associativo.
A medida representa um importante alívio para o sector empresarial local e é vista como um sinal de abertura e diálogo por parte das autoridades fiscais, num momento em que muitas empresas continuam a enfrentar desafios económicos significativos.