
Na última quarta-feira, 26 de março, uma jovem de 20 anos, que optou por não se identificar, foi vítima de uma violação sexual nas imediações do desvio do Sequele. Após viver essa experiência traumática, ela se dirigiu à casa da irmã, localizada no desvio do Zango, onde, junto com a família, decidiu buscar assistência médica.
Na manhã do dia seguinte, 27 de março, a jovem e seus familiares se dirigiram ao Hospital Kapalanga, situado no município de Viana, em busca de atendimento imediato. Chegando ao hospital às 09h, eles esperavam receber a assistência necessária, já que, em casos de violência sexual, é crucial realizar exames, tratamento e acompanhamento psicológico.
No entanto, a realidade que enfrentaram foi desoladora. Apesar de a situação ser claramente uma emergência, a jovem e sua família permaneceram no hospital sem atendimento até às 18h. Durante esse longo período, as únicas respostas que receberam foram promessas vagas de que seriam atendidos em breve.
Essa situação alarmante não é um caso isolado, mas sim parte de um padrão preocupante nos hospitais públicos em Angola, onde negligência e falta de recursos têm custado vidas. É inaceitável que uma vítima de violência sexual, que deveria ser prioridade em qualquer sistema de saúde, enfrente um tratamento tão desumano.
A população angolana está cansada de esperar por melhorias que parecem nunca chegar. É imperativo que a Ministra da Saúde, Silvia Lutucuta, tome medidas imediatas para garantir que casos como esse não se repitam. O povo merece um sistema de saúde que respeite a dignidade e a vida de todos, especialmente daqueles que já sofreram tanto.
A jovem e sua família, após horas de espera e desespero, foram forçados a buscar ajuda em uma farmácia, onde receberam apenas alguns comprimidos. Até hoje, ela não recebeu nenhum atendimento adequado e continua em casa, triste e traumatizada pelo que aconteceu. Esse episódio triste e revoltante destaca a necessidade urgente de reformas nos serviços de saúde, para que vítimas de violência recebam o apoio e o atendimento que merecem.
Se algum centro médico ou pessoa puder oferecer ajuda à jovem, por favor, entre em contacto com a irmã da jovem: +244 923 028 748