
Um grupo de funcionários do supermercado Alimenta Angola, empresa com várias lojas espalhadas pelo país, denunciou uma onda de despedimentos em massa na loja localizada no Luanda Sul, município de Viana. Os despedimentos começaram em janeiro deste ano e já afectaram mais de 25 trabalhadores. Segundo os denunciantes, os contratos foram interrompidos sem o pagamento das devidas indenizações, deixando diversas famílias sem sustento.
A situação se agravou após o fechamento de uma das cinco lojas da empresa, resultando na demissão de trabalhadores que, segundo eles, dedicaram anos de esforço à expansão do grupo. Além disso, os funcionários relatam más condições salariais, falta de subsídio de transporte e maus-tratos, tanto por parte de expatriados quanto de gestores nacionais.
Os trabalhadores agora exigem a presença de alguém de direito na loja do Luanda Sul para investigar os motivos dos despedimentos e determinar se estes estão sendo realizados de forma legal.
“Queremos que um juiz ou especialista em direito venha até aqui para verificar se o que a empresa fez realmente justifica os despedimentos”, afirmam.
“Muitos de nós trabalhamos durante anos e merecemos respeito às leis trabalhistas.”
“Somos jovens, muitos de nós chefes de família, e mesmo após 15 anos de serviço, não tivemos a oportunidade de garantir um futuro estável. Pedimos justiça e um salário digno para os que ainda permanecem na loja”, desabafam os funcionários.
O número de despedidos pode continuar a crescer nos próximos dias, aumentando a pressão sobre a Alimenta Angola para esclarecer sua posição e cumprir com os direitos trabalhistas.
A loja do Luanda Sul tornou-se o epicentro desta crise, e os trabalhadores esperam que medidas urgentes sejam tomadas para resolver o problema.