O desemprego em Angola é um dos fenómenos socioeconómicos mais críticos, profundamente influenciado pela incapacidade de transformar os abundantes recursos naturais em riqueza sustentável. Este problema, enraizado na economia nacional, reflete-se não apenas no mercado de trabalho, mas também nas esferas psicológica e social dos cidadãos.
Estudos recentes indicam que a inflação tem um impacto direto e negativo na criação de emprego, especialmente em economias frágeis como a de Angola. A pesquisa do FMI mostra que países com inflação acima de 14% tendem a registrar uma queda na oferta de novos postos de trabalho. Além disso, o aumento dos preços dos combustíveis agrava ainda mais essa realidade, enquanto a ausência de reformas estruturais eficazes compromete o desenvolvimento do capital humano.
Para mitigar esse cenário, é necessário um conjunto de políticas económicas que priorizem a estabilidade macroeconómica, controlem a inflação e incentivem a criação de oportunidades para os jovens. Angola precisa focar na otimização de despesas públicas, com maior investimento em capital humano e na transformação de matérias-primas, garantindo um ambiente de negócios estável e confiável.
Com essas reformas, o país pode combater a crescente taxa de desemprego e estimular o crescimento económico inclusivo.