
A FLEC-FAC (Frente de Libertação do Enclave de Cabinda – Forças Armadas de Cabinda) declarou em um “Comunicado de Guerra” a morte de 32 militares das Forças Armadas Angolanas (FAA) durante confrontos na província de Cabinda.
No comunicado, a FLEC-FAC alega que, na manhã de segunda-feira, ataques foram realizados perto da aldeia de Tando-Maselelee Nviedi, na região de Belize, utilizando armas pesadas. O documento afirma que 24 soldados e oito oficiais das FAA teriam sido mortos, além de 11 feridos, e menciona que milhares de civis fugiram para a República Democrática do Congo devido aos combates.
Assinado pelo tenente-general João Cruz Mavinga Lúcifer, chefe da direção das Forças Especiais das FAC, o comunicado destaca que os ataques foram intensificados após uma entrevista do Presidente João Lourenço à revista Jeune Afrique, na qual ele afirmou que a situação de segurança em Cabinda era estável e que a FLEC-FAC não representava uma ameaça.
A FLEC-FAC também fez um apelo para que investidores franceses e portugueses deixem Cabinda, enfatizando que a região está em estado de guerra e que a FLEC-FAC tem o dever de proteger a população local contra as forças angolanas.
O movimento tem buscado a independência de Cabinda há anos, citando o Tratado de Simulambuco de 1885, que designou a região como um protetorado português. A Lusa tentou obter uma resposta do Ministério da Defesa de Angola, mas não obteve sucesso.
A situação em Cabinda continua tensa, com a FLEC-FAC reafirmando sua posição militar e insistindo na necessidade de reconhecimento dos direitos do povo cabindense.