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A Universidade Ruy de Carvalho de Malanje (URNM) anunciou a expulsão de 17 estudantes — 13 do sexo feminino e 4 do sexo masculino — por envolvimento em práticas de corrupção. Segundo o diretor do gabinete jurídico e de intercâmbio, Juvêncio Benza, os alunos foram expulsos por terem “pagado para ter uma vaga de frequência” nos cursos de graduação, violando os regulamentos da instituição.
Benza alertou que o número de estudantes expulsos pode aumentar, pois os trabalhos de auditoria ainda estão em andamento. Há várias denúncias e reclamações de estudantes que ingressaram na universidade de forma legítima, enfrentando dificuldades para acessar seus dados. “Na verificação do impasse, percebe-se que alguém alterou os dados desse estudante”, explicou.
Além disso, em dezembro do ano passado, sete funcionários, incluindo um professor auxiliar e seis administrativos, foram expulsos por corrupção e uso indevido de dinheiro das propinas dos cursos noturnos. Eles estavam envolvidos em esquemas fraudulentos relacionados ao ingresso de novos estudantes.
A URNM oferece 15 cursos e matriculou mais de 2.500 estudantes para o ano acadêmico de 2024/2025. A instituição conta com mais de 300 docentes efetivos e colaboradores, tanto nacionais quanto expatriados, nas três unidades orgânicas da universidade. Recentemente, 42 novos funcionários foram admitidos, incluindo quatro da carreira de investigadores e 38 docentes, os primeiros desde a sua criação em 2020.