
The beggars lay on their side of the street with dirty clothes.
A crise habitacional e a falta de emprego em Portugal têm levado muitos imigrantes a viver nas ruas de Lisboa, enfrentando frio, fome e condições de extrema precariedade. Os elevados custos do arrendamento, que podem ultrapassar 50% do salário mínimo, tornam-se um obstáculo intransponível para quem busca uma vida digna no país.
Na movimentada Gare do Oriente, um dos principais terminais ferroviários e rodoviários da capital portuguesa, o contraste entre a rotina urbana e a dura realidade dos sem-abrigo é evidente.
Enquanto passageiros embarcam e desembarcam e consumidores desfrutam das suas refeições nos restaurantes próximos, um outro cenário se desenrola no túnel de acesso ao terminal: dezenas de pessoas, entre portugueses e imigrantes, dormem em camas improvisadas, com mantas estendidas sobre bancos de cimento.
A noite avança, a temperatura cai para cinco graus e o frio cortante torna a sobrevivência ainda mais difícil. Entre os sem-abrigo estão angolanos, marroquinos, paquistaneses e argelinos, que vieram a Portugal em busca de oportunidades, mas encontraram um destino cruel.
A situação dos imigrantes sem teto em Lisboa expõe um problema crescente, que exige respostas urgentes das autoridades portuguesas e políticas públicas mais eficazes para garantir condições dignas de vida a quem escolheu Portugal para recomeçar.
Por: Jaime Tabo, em Lisboa