
Angola permanece estagnada na 121ª posição do Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2024, da organização Transparência Internacional, ao registrar uma queda de um ponto em relação ao ano anterior. Com apenas 32 pontos, o país continua a ser classificado como um “aluno de nota negativa”, refletindo um cenário preocupante no combate à corrupção no setor público.
O relatório divulgado recentemente destaca que esta é a primeira vez desde 2015 que Angola perde pontos no IPC, coincidindo com a entrada do país na lista cinzenta do Grupo de Ação Financeira (GAFI). Esta situação evidencia as dificuldades que Angola enfrenta em monitorizar efetivamente os fluxos financeiros, especialmente no que diz respeito ao branqueamento de capitais e ao financiamento ao terrorismo.
Apesar de um progresso em comparação com o passado, quando, em 2017, Angola ocupava a 167ª posição com apenas 19 pontos, o país ainda está distante do limiar de 50 pontos, considerado um indicativo de resultados positivos. A média global do IPC é de 43 pontos, com mais de dois terços dos países avaliados marcando abaixo de 50.
No contexto africano, apenas cinco dos 54 países têm pontuação positiva. As Seicheles lideram o ranking com 72 pontos, seguidas por Cabo Verde e Botsuana, enquanto Angola ocupa a 25ª posição na lista africana. Os piores desempenhos são atribuídos ao Sudão do Sul, à Somália e à Líbia, entre outros.
A análise revela que, em meio a uma média de 37 pontos na região da África subsaariana, Angola está à frente de alguns países, mas as perspectivas para melhorias significativas permanecem desafiadoras. A classificação atual é um sinal de alerta sobre a necessidade de reformas e ações efetivas contra a corrupção.