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A cidade de Luanda viveu um momento de profunda tristeza ao dar o último adeus à pequena Victória da Rocha, de apenas 8 anos, que perdeu a vida tragicamente ao ser atingida por uma bala perdida dentro de sua sala de aula no Colégio Elizângela Filomena. Quatro dias após o incidente, as autoridades ainda não forneceram esclarecimentos concretos sobre as circunstâncias que levaram a essa tragédia.
O Cemitério da Santa Ana foi palco de uma cerimônia repleta de emoção, onde familiares, amigos e membros da comunidade se reuniram para prestar suas homenagens. Antes que a urna fosse colocada na sepultura, a família expressou sua gratidão a todos que ofereceram apoio durante este momento difícil, incluindo a sociedade angolana, a imprensa, instituições estatais e privadas, e a direção do colégio, pedindo justiça para a pequena Victória.
A equipe de ciclismo do Petro de Luanda, da qual Victória era atleta, também se uniu ao tributo. O colégio, que suspendeu as aulas por tempo indeterminado, vestiu-se de branco em sinal de luto e respeito pela estudante.
Durante a despedida, balões brancos foram soltos em homenagem à menina, simbolizando um desejo de paz eterna. António Pacavira, presidente da Associação do Ensino Privado (ANEP), reafirmou a necessidade de que as autoridades garantam justiça, enquanto a ANEP e o colégio condenaram as informações falsas que circulam sobre a morte da menina.
Carina Prata, diretora pedagógica do colégio, destacou a importância de um trabalho psicológico para apoiar os alunos durante esse período difícil, visando um retorno tranquilo às aulas. Fernanda Bravo, diretora do Colégio Elizângela Filomena, pediu que as investigações sobre o incidente fossem divulgadas para evitar especulações não fundamentadas.
Victória era filha de um coronel das Forças Armadas Angolanas, e o Estado-Maior das FAA enviou mensagens de condolências à família. O ministro do Interior, Manuel Homem, prometeu um esclarecimento sobre a origem da bala que ceifou a vida da menina, mas até o momento, o autor do disparo e as circunstâncias que cercam o incidente permanecem desconhecidos, deixando a comunidade clamando por respostas e justiça.