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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de tarifas aduaneiras que variam entre 10% e 35% sobre produtos provenientes do Canadá, México e China, com o objetivo declarado de combater a imigração ilegal e o contrabando de substâncias como o fentanil.
As tarifas incluem 10% sobre produtos chineses, 25% sobre produtos mexicanos e 25% sobre produtos canadenses (exceto petróleo canadense, que terá tarifa de 10%). A medida, que entra em vigor a partir de 4 de fevereiro, foi formalizada em Mar-a-Lago, na Flórida, e está respaldada pela Lei Internacional de Poderes Econômicos de Emergência (IEEPA).
Respostas dos países afetados
O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, foi um dos primeiros a reagir, afirmando que o Canadá “está preparado” para retaliar aplicando tarifas equivalentes sobre produtos americanos. Trudeau anunciou tarifas de 25% sobre cerca de 30 bilhões de dólares (28,9 bilhões de euros) em frutas e bebidas alcoólicas dos EUA, que entrarão em vigor no mesmo dia que as tarifas americanas.
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, também ordenou a imposição de tarifas sobre produtos estadunidenses, rejeitando as alegações da Casa Branca sobre supostas ligações do governo mexicano com organizações criminosas.
A China, por sua vez, manifestou descontentamento e prometeu retaliar, enfatizando que “não há vencedores em uma guerra comercial”. O Ministério do Comércio chinês declarou estar “fortemente insatisfeito” e que tomará “medidas correspondentes” para proteger seus interesses.
Consequências
Essas ações refletem um aumento nas tensões comerciais entre os Estados Unidos e seus principais parceiros, que juntos representam mais de 40% das importações do país. As tarifas não apenas afetam as relações comerciais, mas também podem ter impactos significativos na economia global e na estabilidade financeira das nações envolvidas.