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Alemanha, França e Reino Unido manifestaram forte oposição ao plano proposto pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a ocupação da Faixa de Gaza. A ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock, afirmou que a região “pertence aos palestinianos” e deve fazer parte do futuro Estado palestiniano, assim como a Cisjordânia e Jerusalém Oriental.
Em um comunicado, Baerbock enfatizou que “a população civil de Gaza não pode ser expulsa” e que a região não deve ser permanentemente ocupada ou recolonizada. Essa postura foi ecoada pela França, onde a porta-voz do Governo, Sophie Primas, destacou que a solução para a região deve envolver a criação de dois Estados: Israel e Palestina. Primas descreveu as declarações de Trump como “perigosas para a estabilidade e para o processo de paz”.
O Reino Unido também se posicionou contra a proposta, com o ministro dos Negócios Estrangeiros, David Lammy, sublinhando a importância de permitir que os palestinianos permaneçam em suas terras e tenham a oportunidade de “viver e prosperar”.
Trump havia sugerido que os Estados Unidos assumissem o controle da Faixa de Gaza após a realocação dos palestinianos para outras áreas, incluindo o Egito e a Jordânia. Durante uma reunião com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, Trump indicou que poderia até enviar tropas norte-americanas para a região, uma ideia que Netanyahu considerou digna de consideração, afirmando que “pode mudar a História”.
As reações dos líderes europeus ressaltam uma preocupação crescente com a viabilidade de um processo de paz sustentável na região, reiterando que qualquer solução deve respeitar os direitos dos palestinianos e evitar a deslocação forçada de populações.