A recente reestruturação na Administração Municipal do Rangel tem gerado forte contestação, com acusações de nepotismo e nomeações sem critérios de mérito. A gestão do administrador Lourenço Domingos, jovem dirigente escolhido para liderar o município, está sendo questionada devido à predominância de quadros sem ligação prévia com a localidade.
A decisão de nomear diretores e chefes de secção externos ao município tem causado insatisfação entre militantes do MPLA e moradores do Rangel, que consideram a medida um desrespeito aos quadros locais. Há alegações de que Lourenço Domingos estaria sob influência de um alto dirigente do MPLA, seu ex-superior hierárquico, que estaria utilizando a administração municipal para acomodar aliados políticos.
A situação tornou-se ainda mais tensa após a rejeição dos nomes indicados pelo partido, resultando em um quadro onde 90% dos novos diretores nunca trabalharam no Rangel e desconhecem sua realidade. O mesmo se aplica a metade dos 32 chefes de secção nomeados.
A insatisfação já reflete em manifestações discretas, incluindo a baixa adesão a eventos partidários. Durante uma recente marcha organizada pela Direção da Juventude e Tempos Livres, apenas seis pessoas compareceram.
Diante do crescente mal-estar, militantes do MPLA se mobilizam para levar o caso ao Presidente da República, João Lourenço, e ao governador de Luanda, Luís Nunes, temendo que tais nomeações comprometam o combate ao nepotismo e clientelismo, bandeiras da atual governação.
Fonte: Imparcial Press